Contação de história no ensino médio: leitura, oralidade e literatura na formação do sujeito leitor
DOI:
https://doi.org/10.13102/cl.v21i2.5807Resumo
A contação de histórias e a leitura geralmente são apresentadas como dois aspectos aparentemente distantes da prática humana, sendo a contação uma atividade milenar, pouco praticada nos tempos modernos e a leitura muito elitizada e distante de uma política de formação leitora. Observando tal contexto, surgiu o nosso questionamento: em que medida a atividade de contação de história presente nas práticas pedagógicas das aulas de língua portuguesa do ensino médio pode contribuir para a formação leitora dos estudantes? Para nortear o presente artigo, tivemos como objetivo geral discutir a contação de história como atividade restauradora da oralidade como também estimuladora de leitura para formação do sujeito leitor nas aulas de linguagem e literatura. A metodologia utilizada revisão bibliográfica e análise de depoimentos colhidos entre estudantes do ensino médio de uma escola pública que viveu a experiência de um projeto de leitura nos anos 2017 e 2018. Como aporte teórico, foram trazidos para o debate alguns estudiosos da linguagem e da arte de contar histórias como (2014), Maria de Lourdes Patrine (2005), Paulo Freire (1989), Amadou Hampaté (2010), dentre outros. Constatou-se que contar história dos romances lidos é a moeda de duas faces desse projeto: o caminho para estimular, desafiar os estudantes à leitura dos romances; e a prática de uma das atividades mais antigas da humanidade – a contação de histórias.Downloads
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Referências
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