Atualidade e eternidade: a modernidade em Charles Baudelaire

Autores

  • Leonardo Barci Castriota Universidade Federal de Minas Gerais / Professor Titular

DOI:

https://doi.org/10.13102/cl.v21i3.5550

Resumo

Apesar de Charles Baudelaire ser um marco obrigatório na discussão da modernidade, um conceito mais preciso desta não se deixa apreender com facilidade em sua obra poética e em seus textos ensaísticos, parecendo mesmo ser utilizado ali em diversas acepções.  Neste texto vamos acompanhar a obra do poeta francês, tanto na sua produção literária quanto na sua crítica de arte, procurando mostrar como ele propõe, na Paris de meados do século XIX, uma leitura muito específica da tradição e de sua relação com a modernidade.  Vamos mostrar como ali emerge uma estética modernista que coloca a questão da autofundamentação da arte, na qual a experiência estética da modernidade vai necessariamente se fundir com a experiência histórica, sendo a obra de arte o ponto no qual se encontram os eixos da atualidade e da eternidade.

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Biografia do Autor

Leonardo Barci Castriota, Universidade Federal de Minas Gerais / Professor Titular

Arquiteto-urbanista , com doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-doutorado junto ao Getty Conservation Institute (GCI) em Los Angeles e a Universidad Politécnica de Madrid. Professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisador I-D do CNPq. Presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (ICOMOS/BRASIL) e, desde dezembro de 2017, Vice-Presidente do ICOMOS internacional. Foi Vice-Presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Interdisciplinar em Sociais e Humanidades (ANINTER-SH), de 2012 a 2016. 

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Publicado

2021-01-26

Como Citar

Castriota, L. B. (2021). Atualidade e eternidade: a modernidade em Charles Baudelaire. A Cor Das Letras, 21(3), 170–183. https://doi.org/10.13102/cl.v21i3.5550

Edição

Seção

Artigos em Fluxo Contínuo