Inclinações amorosas de Orlando, de Virginia Woolf: um estudo sobre androginia e travestilidade

Autores

  • Hudson Oliveira Fontes Aragão Universidade Federal de Sergipe
  • João Dantas dos Anjos Neto Universidade Federal de Goiás / Associação Brasileira de Antropologi

DOI:

https://doi.org/10.13102/cl.v22iEsp..7545

Palavras-chave:

Sexualidade, Androginia;, Travestilidade.

Resumo

O presente artigo analisará Orlando: uma biografia (1928), escrito por Virginia Woolf, através de conceitos como androginia e travestilidade. Percorreremos alguns dos amores de Orlando e teceremos considerações sobre as relações amorosas (consumadas ou não) da personagem central deste romance, isto é, consideraremos as aproximações de Orlando com Sasha, princesa russa, e Marmaduke Shelmerdine, viajante marítimo, segundo a chave interpretativa da androginia, especialmente considerada a partir dos estudos clássicos, sobretudo em O Banquete, de Platão. Em outro aparte, segundo a entrada do aspecto da travestilidade, consideraremos as afinidades e antipatias de Orlando com o/a arquiduque/sa Harry/Harriet, com Rosina Pepita, cigana, e com Nell, prostituta em condição de vulnerabilidade social. Para percorrermos os caminhos da androginia e travestilidade, em uma das mais famosas obras de Virginia Woolf, contaremos com o apoio crítico de tradutores e pesquisadores brasileiros que se debruçaram sobre a obra, a saber, Tomaz Tadeu, Silviano Santiago, Fabiana Assis e Carla Garcia. Em último aparte, consideraremos como a literatura, e este romance em questão, faz emergir questões que estão em âmbito antropológico, isto é, no âmbito da cultura, dos gêneros e das sexualidades.

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Biografia do Autor

Hudson Oliveira Fontes Aragão , Universidade Federal de Sergipe

Licenciado em Letras Português (2008), Especialista em Filosofia e Literatura (2013) e Mestre em Letras - Estudos Literários (2015) pela Universidade Federal de Sergipe. Interessado especialmente em literatura comparada, no estudo da comicidade e da ironia na literatura e em estudos de literaturas em Língua Portuguesa. Atualmente, leciona Língua Portuguesa e Redação para o Governo de Sergipe, além de trabalhar com revisão de textos acadêmicos.

João Dantas dos Anjos Neto, Universidade Federal de Goiás / Associação Brasileira de Antropologi

Possui Doutorado em Ciências Sociais/ Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP e Doutorado Sanduíche pela Universidade do Porto - UPORTO (Bolsa Capes/ CNPq). Atualmente Professor da Universidade Federal de Goiás - UFG. Vice-Representante na Pró-reitora de Assuntos Estudantis - PRAE, da Faculdade de Informação e Comunicação - FIC. Membro Permanente da Associação Brasileira de Antropologia - ABA e Sócio Permanente da Associação Portuguesa de Antropologia - APA. Foi Professor Decano da Universidade Federal de Sergipe- UFS por onze anos, onde foi Coordenador de Curso e Chefe de Departamento. Possuiu pesquisa financiada pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe- FAPITEC-SE. Coordenou os Cursos da Área de Ciência Sociais Aplicadas da Faculdade de Tecnologia e Ciência - FTC/Ba. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq: Corpo, Cultura e Consumo. Pesquisador do Grupo de Pesquisa CNPq: Grupo de Estudos de Práticas Culturais Contemporâneas - GEPIC (PUC/USP/UNESP). Membro do Grupo de Pesquisa CNPq: Mídia, Imagem e Cidadania - UFG. Integra de Corpos editoriais e Periódicos nacionais de quális A2 - B1. Coordena Pesquisa na área de Antropologia do Corpo, Culturas urbanas, Processos identitários. Para tanto utiliza-se dos métodos da Antropologia. Bem como, a relação da Antropologia do corpo no universo da Arte, Política e no campo da mitologia ocidental. Área de interesse: Antropologia Política.

Referências

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Publicado

2022-02-17

Como Citar

Oliveira Fontes Aragão , H. ., & Dantas dos Anjos Neto, J. (2022). Inclinações amorosas de Orlando, de Virginia Woolf: um estudo sobre androginia e travestilidade: . A Cor Das Letras, 22(Esp.), 82–102. https://doi.org/10.13102/cl.v22iEsp.7545

Edição

Seção

Dossiê: Corpo e espaço: que discurso enunciam?