Desinstitucionalização da saúde mental em um hospital psiquiátrico na Bahia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.13102/rscdauefs.v9i0.4715Palavras-chave:
Transtornos Mentais, Desinstitucionalização, Saúde Mental.Resumo
Objetivo: Descrever as características dos moradores e do processo de desinstitucionalização de um hospital psiquiátrico da Bahia. Método: foi realizado um estudo descritivo com abordagem exploratória, conduzido em um hospital psiquiátrico da Bahia, Brasil. A coleta de dados foi feita através dos registros de prontuários clínicos entre o período de 2009 à 2015. Resultados: Em 2015 havia
114 moradores nas três unidades de internamentos, sendo esses na maioria do sexo feminino (29,8%), sem acompanhamento familiar (43,0%), com idade maior de 41 anos (39,2%) e com mais de 20 anos de acompanhamento hospitalar (46,8%), com ausência significativa de familiares e, ainda, maior quantitativo de internamentos na UPG (59,8%). Considerações: A redução do número de leitos e da oferta de serviços das internações hospitalares e os encaminhamentos para residências terapêuticas e familiares foram discussões presentes neste estudo. A baixa aceitação familiar, bem como a reinserção dos indivíduos na sociedade foram os principais desafios observados. A desinstitucionalização requer atuação/atenção e intervenções contínuas, a fim de que esse processo tenha suas propostas implementadas de modo efetivo com garantia de melhores condições de vida e saúde para a população com adoecimento mental no país.
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