Análise situacional de saúde da primeira infância
DOI:
https://doi.org/10.13102/rscdauefs.v11i1.5464Palavras-chave:
Planejamento em Saúde, Desenvolvimento Infantil, Atenção Primária à SaúdeResumo
A atenção básica é a principal porta de entrada nos serviços de saúde, atuando na coordenação do cuidado e resolução dos problemas de saúde. A Estratégia de Saúde da Família trabalha com abordagem territorial e comunitária, com definição, adscrição da clientela, cadastramento e acompanhamento da população. Dessa forma, o planejamento e programação em saúde é fundamental para os processos de trabalho através da Análise Situacional de Saúde (ASIS). Este trabalho traz um relato de experiência da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva sobre o processo de construção e realização da ASIS da primeira infância em uma Unidade de Saúde da Família no município de Salvador, no ano 2019. Foi encontrada distribuição heterogênea de crianças na primeira infância de acordo com a microárea e subnotificação das condições de saúde, especialmente das deficiências. Nas oficinas com profissionais e usuários, foram elencados problemas semelhantes relacionados ao acesso e utilização dos serviços de saúde e questões sociais que afetam a primeira infância deste território. A assistência à saúde da criança na USF mostrou-se satisfatória, porém necessitando de melhorias quanto ao monitoramento das crianças. A realização da análise proporcionou maior conhecimento acerca da realidade local, com o recorte da primeira infância e pode ser utilizada como ferramenta o planejamento local em saúde e enfrentamento dos problemas priorizados, tanto para primeira infância quanto para outros ciclos de vida.
ABSTRACT
The primary health care is the main gateway in health services system, operating on coordinate care and resolution of health problems. The Family Health Strategy (ESF) works with territorial and community approach, with definition, clientele adscription, registration, and population monitoring. Therefore, planning and programming in health care are fundamental to the work processes through the Health Situational Analysis (ASIS). This article reports an experience of Multi-Professional Residency in Public Health about the construction and conduction process of early childhood ASIS at a Family Health Unit (FHU) in the city of Salvador in 2019. It was found a heterogeneous distribution of children on early childhood according to the micro-area and health conditions underreporting, especially physical and mental deficiencies. In workshops with professionals and users, similar problems were related to access and use of health services and social matters that affect early childhood in this territory were listed. Child’s health care assistance in FHU proved to be satisfactory, however, needing improvement in the children monitoring. The conduction of ASIS provided greater knowledge about the local reality, with the cutout of early childhood. It can be used as a tool both to the local planning in health care and the coping of prioritized problems as early childhood and other life cycles.
Keywords: Health Planning; Child Development; Primary Health Care.
RESUMEN
La atención primaria es la principal puerta de acceso a los servicios de salud, trabajando para coordinar la atención y resolver los problemas de salud. La Estrategia Salud de la Familia trabaja con un enfoque territorial y comunitario, con definición, asignación de clientes, registro y seguimiento de la población. Así, la planificación y programación de la salud es fundamental para los procesos de trabajo a través del Análisis Situacional de Salud (ASIS). Este artículo es un relato de experiencia de la Residencia Multiprofesional en Salud Pública sobre el proceso de construcción e implementación de ASIS de la primera infancia en una Unidad de Salud de la Familia (USF) en la ciudad de Salvador, en el año 2019. Se encontró una distribución heterogénea de niños en la primera infancia. niñez según el área micro y subregistro de condiciones de salud, especialmente discapacidad. En los talleres con profesionales y usuarios se enumeraron problemas similares relacionados con el acceso y uso de los servicios de salud y los problemas sociales que afectan a la primera infancia de este territorio. La atención de la salud infantil en la USF demostró ser satisfactoria, pero es necesario mejorar el seguimiento de los niños. La realización del análisis brindóun mayor conocimiento sobre la realidad local, con el corte de la primera infancia y se puede utilizar como herramienta la planificación local en salud y el afrontamiento de los problemas priorizados tanto para la primera infancia como para otros ciclos vitales.
Palabras Clave: Planificación en Salud; Desarrollo Infantil; Atención Primaria de Salud.
Downloads
Métricas
Referências
Giovanella L. Mendonça MH. Atenção Primária à Saúde. In: Giovanella L, Escorel S, Lobato, LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/Centro Brasileiro de Estudos de Saúde; 2012. 1100p.
Ministério da Saúde (BR). Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa. Protocolos da Atenção Básica: saúde da criança [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016 [acesso em 11 abr 2019]. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/ images/pdf/2016/dezembro/13/PAB-Saude-da-Crian--a-Provis--rio.pdf>
Santos GS, Pieszak GM, Gomes GC, Biazus CB, Silva SO. Contribuições da Primeira Infância Melhor para o crescimento e desenvolvimento infantil na percepção das famílias. Rev. pesqui. cuid. fundam. 2019; 11(1):67-73.
Yakuwa MS, Neill S, Mello DF. Estratégias de enfermeiros para a vigilância à saúde da criança. Rev. Lat-Am. Enfermagem 2018; 26:e3007.
Da Silva, RMM, Viera CS. Acesso ao cuidado à saúde da criança em serviços de atenção primária. Rev. Bras. Enfermagem 2014; 67(5):794-802.
Pedraza DF, Santos IS. Avaliação da vigilância do crescimento nas consultas de puericultura na Estratégia Saúde da Família em dois municípios do estado da Paraíba, Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde 2017; 26(4):847-855.
Mesquita Filho M, Luz BR, Araújo CS. A Atenção Primária à Saúde e seus atributos: a situação das crianças menores de dois anos segundo suas cuidadoras. Ciênc. saúde coletiva 2014; 19(7): 2033-2046.
Ribeiro AM, Albuquerq IM, Cavalcante AP, Aguiar NT, Santos FD, Cunha CG. Territorialização em saúde na perspectiva de gerentes da estratégia saúde da família. Diversitates 2016; 8(1):5-9.
Teixeira CF. Planejamento em saúde: conceitos, métodos e experiências. Salvador: EDUFBA; 2010.
Monken M, Peiter PC, Barcellos CC, Rojas LI, Navarro M, Gondim G et al. O território na saúde: construindo referências para análises em saúde e ambiente. In: Miranda AC, Barcellos CC, Moreira, JC; Monken M, organizadores. Território, ambiente e saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008; 23-41.
Brasil. Ministério da Saúde. Asis - Análise de Situação de Saúde [Internet]. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2015. [acesso em 20 out 2019]. Disponível em:
Roggero MA, Ziglio L, Miranda M. Vulnerabilidade socioambiental, análise de situação de saúde e indicadores: implicações na qualidade de vida no município de São Paulo. Confins 2018; 36 , acesso em 24 de julho de 2020, 36:1-17. Disponível em: <https://journals.openedition.org/confins/13774>
Vasconcelos JPR, Garcia RAV. Análise da situação de saúde de Águas Lindas de Goiás: o desafio do planejamento. Rev. G&S 2016; 7(3):1173-90.
Tofani LFN, Carpintéro MCC. 3a Conferência Municipal de Saúde de Várzea Paulista: a participação da sociedade no processo de priorização e compromisso político. Saúde soc. 2012; 21(Suppl 1): 244-252.
Teixeira CF. Epidemiologia e planejamento em saúde. Ciênc. saúde coletiva 1999; 4(2): 287-303.